terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A Vida!



Tente não deixar o coro que não quer ouvir soar em seu coração
fazer de uma história, sua vida, uma versão
ainda pouco madura, ainda não completada
uma máscara muito mal colocada
pra esconder vícios e verdades puras
que teimam em dizer: sou eu

Podres e sujos emblemas!
de mentiras fazem seus lares, seus cantos, lugares
perguntas que podem fazer a certeza e o olhar devagar,
chegam a ir longe buscar
um copo d´água pra refrescar o tempo que enfervece e queima,
se dói!

Olhar em seu vidro e ver lá no fundo
opaco o brilho que havia antes de fechar-se a luz
antes de eu ver você

quem vê, não o vê, pois o que é ver neblina
senão um olhar ofuscado, confundido por esta mesma menina que engana?
quero-te ó vida que diz que tenho, que tenho ela em direitos
que tenho ela em vontade.

Pois gosto de teu cheiro mesmo
teu gosto simples e sua cara feia,
gosto de sentir a dor e de te ver fazê-la doer em mim,
gosto porque é verdade e a verdade mesmo sendo tão aberta
fecha aquilo que ninguém mais pode um dia fechar.

Tire agora o que te prende o que de ti te tira
larga esse fardo que te traz identidades e vive
apenas morra a morte que é sua, e viva por direito, não merecido,
não conquistado, mas sim de graça, viva

quero te ver, te ver, ver-te verter algo seu
algo que seja barro que sai do rio, mole e rude, mas barro
nada de coisa comprada com notas de dias contados, seus dias!
Não quero você como eu quero, quero você, e basta

Não pelo meu querer, mas pelo simples dever
de viver, de ver e do que já foi vencido...

Deves agora pensar nas palavras do louco trovador
que cantou sua sorte numa vez e tudo o que você fez
foi deixar soar a bela canção, não por não ter escolha,
mas por agora querer...

A Vida



----> Quem quiser conferir, o monólogo será apresentado sábado dia 20 na beiramar de são josé.

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